segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fui lá e fiz...

Depois de uma estrada punk-rock-hard-terrível, estou de volta em Pelotas. Sobrevivi. Mesmo depois de perder a carteira com documentos e passagem, atravessei o Rio Grande do Sul e (para azar dos sindicalistas) estou vivo.

Digo isso porque minha avó não queria que eu buscasse o reembolso da passagem extraviada junto à empresa concessionária do transporte interurbano. Não bastasse perder a CNH (ufa! Não carrego Carteira de Identidade e CPF no bolso), R$ 70 em dinheiro e dois cartões de crédito, minha velha e simpática vovó sugeriu algo sobre não buscar uma segunda-via da passagem.

Alguém estaria afim de perder mais essa grana? Fui lá, e busquei!

Ela argumentou que se tratava de um “sinal indicando alguma coisa terrível com o ônibus”.

Realmente, lembrei de coincidências com pessoas que perderam o avião, no último minuto, e ele explodiu no ar, segundos depois de decolar. E outros casos, onde pessoas não entraram no carro capotado e nem o periquito da família sobrou vivo. Mas não dei ouvidos à minha avó. Fui à empresa com o Boletim de Ocorrência Policial debaixo do braço e pedi para sentar no mesmo lugar.

Resultado: bobagem da cabeça dela. Estou bem e não existem “sinais” de nada. O maior transtorno da viagem foi um banheiro fedorento do meu lado. Telefonei para a vovó e brinquei: “Deus é um travesso, né, velha?”

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