sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu sei, eu sei! Não se mata, mesmo

Estou tendo câimbras de tão cansado. Simplesmente, não consigo pregar os olhos se meu corpo está se movimentando com relação a Terra. Assusta-me ver as pessoas colocarem suas cabeças nos bancos dos ônibus e dormirem como se estivessem nas suas camas, acordar com bafo de bode e cabelo em pé. Comigo não dá! Viajei sete horas de Santa Rosa a Porto Alegre e não consegui dormir um segundo sequer. Se não bastasse ter comprado a última poltrona vaga no ônibus (numero 50, ao lado do banheiro!), a velha do meu lado reclamou da luz que mantinha meu pensamento preso ao “Mas não se matam cavalos?”, de Horace McCoy. Pensei: “mas não se matam velhas que comem salame dentro dos ônibus?” Tudo bem. A humanidade não tem jeito. A solução é parar de buscar solução. Esse é o único momento em que entendo os homens-bomba. Acho que sou um fundamentalista comportamental.

2 comentários:

Julio Marin disse...

Essas sãos as diferenças necessárias dentro de um sistema social como o nosso. As singularidades.... agora... a chatice poderia ser banida e o respeito deveria ser fundamental...

Abraços

Anônimo disse...

depois de quase não conseguir viajar ....comprar a ultima passgem, conseguir perde-la..ainda tem uma velha.....
é a vida não é facil meu irmão ...