Publicado por Júnior Grings
O caso da cassação do prefeito de Horizontina, Irineu Colato, está dando o que falar. Leia parte da coluna do amigo Paulo Roberto Staziaki, publicada no jornal Folha Cidade, de Horizontina, que circulou esse final de semana:
Está sendo montado em Belo Horizonte um manual que ensina como abrandar exigências severas em uma eleição. Valerá inclusive aqui para o Rio Grande do Sul. Vejam que loucura:
1) Ter na frente de campanha uns três advogados bons, e se na chapa majoritária tiver causídicos, bingo.
2) Abertura de conta bancária é perda de tempo. Com lábia, tu finge ser meio “abobado” e diz que não entendeu a legislação.
3) Gastos até 11 mil e pouco, pode fazer que não dá nada. Não precisa declarar, isto não cassa mandato.
4) Comprar votos, até uns, 150 ou 200 pode! Não inflói, diminói, nem contribói, não tem potencialidade para mudar resultado.
5) É perda de tempo comprar gravador. Se pegarem alguém falando demais, basta esse alguém dizer que tinha tomado umas a mais, ou que estava “brincando” e a prova estará desfeita.
6) Caixa II então, se preocupa não, até provar meu filho, passa quatro, cinco anos!
7) Se fizer uns “favorzinhos” usar dinheiro vivo, afinal o dinheiro é seu, saiu da sua conta e você doa a quem quiser. Quem quebrará teu sigilo fiscal?
8) O povo sempre vai falar aqui e acolá, que há corrupção, mas esse povo fala demais e fala de todo mundo.
9) Salsichão e galeto pode! Afinal, tchê loko, se tu mora no Rio Grande, todo mundo faz churrasco. E a fumacera nas vilas no fim de setembro é pra comemorar o Dia do Gaúcho, a eleição é no início de outubro. Que mal tem uma festinha?
10) E se tu quiser sair da tua mansão e morar na vila uns 30 dias antes do pleito, sentir de perto a intenção de voto do povo, quem disse que é proibido?
11) E pode prometer emprego para todo mundo, afinal o estouro só vai dar depois da posse. Tu põe a culpa no mandatário anterior, diz que ele te entregou tudo quebrado, falido e chama os que te interessa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário