quinta-feira, 12 de março de 2009

Mulherada, retratação para vocês!

Everton Maciel

Recebi algumas reclamações sobre uma pseudo-piada publicada aqui no Capeta na sexta-feira, seis de maio, antevéspera do Dia Internacional da Mulher. Quase todas as reclamações que li, por e-mail e MSN, tem fundamento. Aliás, apenas os fundamentalistas não têm fundamento – sequer deveriam existir.

Quando manifestei minha anti-homenagem a uma data tão importante escrevi o seguinte: “alguém conhece alguma feminista que reclama quando paga mais barato (ou nem paga) para entrar nas boates? Deixa quieto, então”.

Esse medonho par de frases pegou mal. Mal, não. Muito mal!

Por vários motivos: primeiro, porque reduzo o movimento feminista a um grupo bastante restrito que não representa os verdadeiros sentimentos de todas as mulheres. Trata-se de uma pequena porção que, usando a bandeira do feminismo, busca apenas vantagens imediatas, sem uma discussão a longo prazo e mudanças significativas do ponto de vista cultural.

Ainda: a frase não condiz com a legitimidade histórica que reconheço pessoalmente na data. O Dia Internacional da Mulher não é internacional à toa. Uma sucessão de eventos, muitos deles nefastos, culminou na necessidade de haver uma data específica no calendário para que pudéssemos refletir minimamente sobre as condições às quais as mulheres foram submetidas ao longo da história da humanidade.

Minha tentativa de puxar a orelha de uma pequena parcela de feministas xiitas acabou em má compreensão. Lamento ao cubo.

Ao mesmo tempo em que me curvo em desculpas, destaco a profunda admiração e apreço desse Capeta que nasceu sendo o único homem de uma família 100% feminina. Parabéns. O mundo todo é de vocês! Não apenas o oito de março!

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