terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A esquerda-louca brasileira e Hugo Pra Sempre Chávez

Everton Maciel

Estou ouvindo uma professora de política internacional da UFRGS – que não merece ser citada - no programa “Polêmica”, apresentado por Lauro Quadros, na Rádio Gaúcha. Ela está desesperada, defendendo o presidente venezuelano Hugo Chávez. Trata-se da tradicional confusão entre os conceitos de eleição e democracia.

É impressionante. Chávez desrespeitou o primeiro referendo sobre o mesmo assunto – aquele que ele perdeu -, foi contra organismos internacionais, brigou com a justiça e com a Constituição do próprio país e consegui uma dúzia de encrencas diplomáticas. Nada disso importa. A paixão da professora da UFRGS consegue defendê-lo sem dó nem piedade. Os argumentos passam longe do assunto. Ela fala sobre a redução da pobreza e mortalidade infantil, aumento de recursos para a educação e outras coisas que não têm nada a ver com o assunto. A tática é velha e mastigada: bom é ser social; ruim é ser liberal.

Democracia não é sinônimo de eleição. A democracia pressupõe respeito entre os poderes constituídos, diálogo com os estados da federação, liberdade de imprensa e bom relacionamento entre os órgãos de estado e seus cidadãos. Isso sendo superficial, admito. O conceito é bem mais amplo. Não para a professora da UFRGS. Para ela, democracia é eleição.

Mas quem sou eu para discutir isso com uma professora de política internacional da UFRGS?

Um comentário:

Gerson Rodrigues disse...

Meu caro editor: acho que andas escutando demais a emissora da Avenida Ipiranga e lendo demais a ZH.
Escute outras ondas, outros pontos de vista, leia outros jornais, outros blogs...
Nada pessoal!