sábado, 11 de outubro de 2008

Feliz Dia das Crianças

Everton Maciel, de Pelotas

Neste domingo, comemoramos o "Dia das Crianças". Como todos sabem, nasci com 18 anos e, agora, tenho 75 (num corpinho de 24). Mesmo não tendo infância, observava com atenção aqueles delinqüentes de sete e oito anos na escola primária. Dei-me o trabalho de recordar algumas frases típicas daquele público. Leia:

Deixa eu dar uma volta na tua bicicleta nova?
Vou te pegar na saída!
Meu pai é maior que o teu!

Não brinco mais!
A bola é minha, então eu jogo!
Profê, olha o ele!

Não quero comer essa coisa verde!
Acabou teu tempo, dá o controle pra cá!
Eu quero, eu quero, eu quero!!


Para celebrar o seu dia, ouça a música "Saiba", do Arnaldo Antunes.


2 comentários:

Anônimo disse...

Crônica "Paris é igual a Pelotas":
http://www.amigosdepelotas.com/2008/10/paris-igual-pelotas.html

Comentário sobre a crônica "Paris é igual a Pelotas", enviado ao Blog "Amigos de Pelotas", porém censurado e não publicado no blog:


É IMPRESSIONANTE!!!...
Embora essa situação se repita com uma frequência previsível, nunca deixo de surpreender-me com ela.
Creio mesmo que se trata de um fenômeno digno de um estudo sociológico ou antropológico. Porque não se refere apenas a uma situação apresentada pela autora da crônica ou por esta crônica em particular, mas de uma realidade mais ampla e recorrente, da qual esta crônica é apenas uma pertinente representação e síntese. Na verdade, nem se trata de uma crítica a esse texto especificamente, aliás um texto afetivo, jovial e poético, segundo me pareceu.
Trata-se de uma tentativa de compreensão de uma realidade mais geral, ou seja, sobre a necessidade premente e, até mesmo, da ausência de pudor, com que o pelotense frequentemente insiste em comparar nossa cidade com Paris, Londres ou outro grande centro cultural mundial...
Esse fenômeno, ao meu ver, como um pelotense que há cerca de 30 anos reside há mais de 3000 quilômetros da cidade, só encontra paralelo no conhecido bairrismo e megalomania encontrados nos argentinos, mais particularmente no porteño... Uma parcialidade, uma ausência do senso de conjunto, de um senso de referência, de um "desconfiômetro" mesmo, que impede que se perceba que as semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros, são tão circunstanciais, tão pontuais e insignificantes mesmo, em relação a todas as outras diferenças, ao conjunto geral, que se torna absolutamente desproporcional e impertinente tentar explicitar alguma relação de semelhança. Uma parcialidade, fruto do amor pela cidade, suponho, que, na tentativa de unir o belo e sublime que se encontra numa Paris ou Londres, com o sentimento interno e profunto de amor que o pelotense tem pela cidade natal, faz com que extrapole, que perca as referências e proporções, para chegar a uma comparação direta, absurda e irreal. Uma parcialidade que não permite que se perceba que as circunstanciais e pontuais possíveis semelhanças entre Pelotas e esses grandes centros culturais, são semelhanças que, por sua insignificância e pontualidade em relação ao todo, podem ser também encontradas em milhares e milhares de outras cidades brasileiras, e que, portanto, não tem o mínimo sentido fazer tal comparação direta. Porém, muitos pelotenses não conseguem escapar dessa necessidade visceral de fazer essas grandiloquentes comparações...
O que causaria essa ausência ou escassez do senso de proporção, do senso de realidade, tão frequentemente encontrada em nossa cidade?... Acho que a resposta a essa pergunta mereceria um estudo sociológico ou antropológico mais aprofundado.

De um pelotense que gosta de manter os vínculos com a cidade,

Carlos Germano
Recife - Pernambuco

Sem Papel e Tinta disse...

Não te estressa, Carlos. Isso não deve mudar. Ficas tranquilo. provinciano é provinciano. Pelos menos, um prato cheio para alguma pesquisa, com tu falas. Mas eu sugiro uma outra área do conhecimento também: psiquiatria. Quem sabe um trabalho multi-disciplinar...