sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ordem e progresso, na arte

Everton Maciel, de Pelotas

Acabo de voltar de uma exposição minimalista.

A chamada arte minimalista, filha caçula do positivismo, deu certo no Brasil, como tudo o que dá errado no mundo inteiro.

Além da invasão nas exposições de "arte", os dias se arrastam e os prédios, levantados pela nova geração de arquitetos minimalistas, aderem ao novo sistema. Se isso não bastasse, a moda minimalista brasileira é a primeira (e última) do mundo. É só olhar um catálogo de biquínis do início da década de 80.

Deixando a ironia de lado, a arte do minimalismo tem os mesmos problemas do positivismo: ausência de conceitos, formas clean e ausência de arte!

A morte da arte foi decretada na II Guerra Mundial. O minimalismo, enfileirado ao positivismo, é o sepultamento da arte. Acabou.

O minimalismo foi feito para não funcionar. E, como tudo que foi feito para não funcionar, floresceu justamente Brasil.

Se alguma teoria fracassou, não se preocupe: algum brasileiro vai reformar o sistema, piorá-lo e, depois, fará sucesso entre os intelectuais brasileiros. Mesmo que o mundo não se importe conosco. Somos um gueto de teorias fracassadas. Somos verdadeiros especialistas em importar fracassos.

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