segunda-feira, 9 de junho de 2008

Solução dos problemas ou os problemas da solução

Júnior Grings

Apliquei os meus últimos dias de leitura a um dos maiores nomes da filosofia brasileira, Dr. Ernildo Stein, famoso por ser um grande estudioso de Heidegger. Stein faz umas observações interessantes sobre as diferenças entre a filosofia e as ciências. Não querendo sobrepor uma à outra, mas, sim, na definição do espaço de cada uma no desenvolvimento da humanidade. Ele coloca, com muita propriedade, que o papel das ciências é lidar com a solução dos problemas, é solucionar as particularidades que a humanidade demanda. À filosofia cabe a função de falar sobre os problemas da solução, falar e tentar entender o porquê a solução precisa de melhorias e ou substituições.

Notem a sutilidade desse pensamento “solução de problemas” versus “problemas da solução”, implicação de um intenso diálogo entre ambas as partes é a necessidade primordial para a continuação de ambas. Mencionar ou pensar em qualquer possibilidade de uma solução definitiva para os problemas é decretar hora, local e data para o fim das ciências e da filosofia. E, conseqüentemente, o congelamento da sociedade.

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