Os leitores mais atentos do Capeta devem ter observado que me esquivo constantemente dos assuntos envolvendo a Filosofia. Para mim, a Filosofia está mais para ferramenta, que assunto. Os motivos são vários. Posso citar alguns: primeiro, o colega de academia e profissão Jr. Grings trata desses assuntos com muito mais propriedade. Depois, não tenho conhecimento teórico suficiente para me sentir à vontade. Ainda: tenho um medo danado de não ser compreendido.

Hoje pela manhã escrevi na linha de apoio do meu MSN: “eu sei que é difícil, mas pense: como seria o MSN se todo mundo se escondesse off line?” Imediatamente, houve um levante dos adeptos da conexão em off contra mim. Os argumentos de todos eram razoavelmente parecidos: minha liberdade me permite escolher a forma como uso o MSN e tenho direito a privacidade, quando assim desejar.
Com toda certeza, eu não estaria no meu juízo perfeito, se pensasse em agredir a “sagrada” liberdade das pessoas. Poderiam me prender, acusando-me de nazista ou algo desse tipo.
Mas esse furo é um pouquinho mais embaixo.

O caso envolvendo o MSN pode ser resolvido, justamente a partir deste ponto.
Como seria sua lista de contatos, se todos estivessem utilizando suas liberdades ao extremo e conectados em off?
Relatei esse fato para minha namorada, Marcela, expliquei para ela exatamente isso e ela contestou: eu entro off line no MSN, quando quero falar especificamente com alguém. Minha pergunta é: “e se essa pessoa específica tiver tido a mesma idéia?”
***
Para quem se interessar pelo assunto, recomendo Princípios da Filosofia do Direito, de Hegel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário