Paradoxalmente, com a queda de Timothy Mulholland, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), um clima conhecido e, ao mesmo tempo, estranho acaba pairando nos centros universitários do Brasil.
Geralmente é assim: de tempos em tempos, é preciso que os estudantes, com suas caras pintadas, apareçam e coloquem a balburdia novamente nos eixos.
Mesmo que o clima de conforto dure pouco tempo. Mesmo que esses estudantes sejam substituídos por outros mais acomodados em alguns semestres. E mesmo que palhaçada retome a força nas próximas eleições, ninada pelos braços pelo analfabetismo político da quase totalidade da população brasileira. Mesmo com tudo isso, é preciso que algo seja gestado, e contamine a população com o gosto da revolta. É preciso que o clima de “não agüento mais” atinja a garganta, para o Brasil acorde do perene sono dos anjos.
Historicamente, essa gestação da renovação do processo democrático tem acontecido nas universidades. Em 68, no fim da ditadura e em 92, para mandar o Collor catar coquinhos.
Meu palpite pode ser furado, mas, levando em consideração o espírito de alguns colegas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), alguma coisa deve acontecer por aqui nos próximos meses.
Meu palpite pode ser furado, mas, levando em consideração o espírito de alguns colegas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), alguma coisa deve acontecer por aqui nos próximos meses.
Efeito cascata? Vamos aguardar...
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