Everton Maciel
Recebi alguns e-mails reclamando sobre o fato de ocupar esse espaço com coisas factuais e deixar minha vida pessoal de lado. As reclamações têm um motivo: como saí de Santa Rosa há pouco tempo, existem alguns interessados em saber como estou. A resposta é sempre a mesma: estou bem!
Sobre isso, podemos refletir o seguinte: na Idade Média, um período que poderia ser riscado a história da humanidade, se as pessoas fossem questionadas sobre o sentido da vida, a resposta seria, em coro, “buscar a salvação e a vida eterna”.
Séculos passaram, reformas religiosas e políticas aconteceram, o capitalismo se desenvolveu e vivemos momentos intensos e conturbados no século 20. Dois mil e quinhentos anos de desenvolvimento cultural e intelectual foram colocados no lixo com duas guerras mundiais, guerras frias, conflitos religiosos que se intensificaram no Oriente Médio e duas bombas atômicas. Passado mais esse período, o consenso sobre o sentido da vida é outro. As pessoas querem, apenas, a felicidade. Podemos discutir o sentido etimológico, sociológico e filosófico do termo, mas o objetivo geral é a felicidade.
Isso não acrescenta muito à vida de ninguém, no entanto, é útil para fugir dos assuntos factuais. Agora, vou me limitar à produção jornalística. Não vou mais tratar de assuntos pessoais por motivos óbvios. Primeiramente, minha famigerada existência é muito menos interessante do que as coisas que acontecem. Depois, já passei da idade de manter diários de adolescentes na internet.
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