Fotos:Mathias Tremembe
O Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (Goal) foi formado para realizar pesquisas interdisciplinares em ambiente Antártico. Os pesquisadores ligados às instituições nacionais e internacionais são coordenados pela Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) e cumprem, nesse momento, uma etapa de 30 dias na Estação Antártica Comandante Ferraz, uma das mais importantes bases de pesquisas instaladas na Antártica. A intenção principal do projeto batizado de S.O.S Climate é realizar a coletas de dados e analisar as influências dos pólos nas alterações do clima do planeta nas últimas décadas.
O Blog do Capeta conversou com um dos pesquisadores que está na estação localizada na ilha Rei George, a 130 km da península Antártica. André Vitta, 25 anos, ligado ao programa de pós-graduação do curso de Oceanografia, Física, Química e Geológica da Furg, respondeu nossas perguntas abordo do Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel. Construído em 1981 na Noruega, a embarcação é equipada com um helicóptero UH-13 Esquilo, tem cerca de 100 metros e serve para a coleta de dados referentes à temperatura e salinidade do mar ao longo da coluna d’água próxima da ilha.
“Esse é o chamado Ano Polar Internacional, ou seja, existe um esforço global para estudar os dois pólos da Terra. Nosso projeto visa contribuir para esse estudo, que quer entender o papel dos pólos no clima global”, ressalta o pesquisador.
Esse estudo é realizado para a identificação das massas de água. Essas massas são como “grandes rios” que percorrem o mundo e têm um papel importante na regulação do clima da Terra.
“Esse é o chamado Ano Polar Internacional, ou seja, existe um esforço global para estudar os dois pólos da Terra. Nosso projeto visa contribuir para esse estudo, que quer entender o papel dos pólos no clima global”, ressalta o pesquisador.
Esse estudo é realizado para a identificação das massas de água. Essas massas são como “grandes rios” que percorrem o mundo e têm um papel importante na regulação do clima da Terra.
“As compreensões da formação desses fenômenos ajudam a entender casos como o aquecimento global. Fora isso, as frentes frias que chegam aí no Rio Grande do Sul são formadas aqui na Antártica, portanto o clima gaúcho tem uma forte dependência do que ocorre aqui no Pólo Sul”, esclarece Vitta.
Além da Furg, Marinha, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Universidade de São Paulo, Universidade do Estado de Minas Gerais, Universidade Santa Úrsula (RJ) são instituições ligadas aos estudos. A maior dificuldade dos 20 pesquisadores e cem militares que trabalham no continente gelado é, lógico, o frio. Segundo André, no momento da entrevista, às 23h (horário de Brasília e também local), o termômetro marcava 2º C.
“Sorte nossa que é verão!”, comemora ele.
Um comentário:
Os capetas, estão cada dia melhores. Parabens ao Everton e seus colegas por essa matéria. MOstra o quanto atentos estão ao que acontece mundo a fora. Parabens rapazes vocês tem futuro.
Antonio Costa
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