Everton Maciel
Não faltava mais nada! Depois de milhares de motociclistas terem feito filas nas lojas de acessórios, descobre-se que o fabuloso Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sequer sabia o que estava fazendo quando baixou a portaria exigindo capacetes com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmtro). O Contran é responsável por trapalhadas míticas como aquela que exigia kit de primeiros socorros dentro dos veículos de todo país. A burrice chegou a ser revogada pelo próprio Conselho poucos meses depois, lembram? Gastamos dinheiro na farmácia e ficamos com aqueles artefatos inúteis dentro dos automóveis.
Pois agora, o Inmetro pedirá a suspensão da Resolução 203 do Contran, que desde terça-feira estabelece novas regras para o uso de capacetes em todo o território nacional. O diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, alega que o selo exigido pela legislação federal deveria servir apenas como um certificado de controle de qualidade dos produtos e não ter sido incorporado às ações de fiscalização nos Estados. Ou seja os selos do Inmetro são voltados para os consumidores. Trata-se de um "atestado" de qualidade dos produtos. Não pode ser usado para que o Estado possa aplicar multas e inventar fiscalizações inúteis.
Será que os nobres conselheiros do Contran não poderiam se preocupar com as centenas de vidas que ficaram espalhadas nas estradas do Brasil no feriado de natal e na virada de ano?!
E os milhares de motociclistas, que se viram obrigados a buscar capacetes novos e faixas refletoras nas lojas? Quem paga a conta?!
Será que só os capacetes precisam de selos? Ou os brasileiros têm algum selo atestando idiotice no meio da testa e não avisaram ninguém!
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