sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Perfil do Juca Fortes

Everton Maciel

Juca Fortes habita uma região que circula entre o fim da estética aplicada e o começo da estética teórica. Compreender isso é tão complexo quanto entender a concentração de palavras que são despejadas por aquela boca barbuda e que fede Lucky Strike. O que quero dizer é que a total ausência de elegância e o pleno reflexo do desengonçamento pode conter a essência teórica exatamente inversa.

Juca despeja tantas informações e tão rapidamente que o Google não conseguiria acompanha-lo. Quem tem o Juca no Msn não precisa do Google na página principal. Uma antiga máxima jornalística diz o seguinte: “quando tiveres dúvida, perguntes a um poeta”. Juca é o poeta que deve ser consultado numa hora dessas.

Na realidade, o Juca só não sabe aquilo que deveria saber. É um poço de cultura inútil. Divertidíssimo.

A companhia do Juca não é um privilégio. Isso porque ele pode ser comparado a um cachorro (no bom sentido, claro): os cães, diferente dos gatos, não têm desconfiança, abanam o rabo pra qualquer um em poucos minutos, estão logo brincando com as pessoas sem preconceito algum. Raça, cor e posição sexual passam longe de adjetivos ficções no círculo de amizade do Juca. Ele vê mais. É mais sensível, mais nobre.

O Blog do Capeta tem orgulho de ter um poeta como o Juca na sua famigerada roda de colaboradores e, antes disso, de amigos

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